terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu quero, eu posso? Só a experiência dirá.

É bastante difícil tomar uma decisão que implique na mudança de uma rotina de vida já há muito estabelecida. Dez anos, quinze, não sei bem, e pouco importa o tempo. A questão são as raízes que criamos em uma determinada rotina. Há momentos em que a vontade de mudar a vida, buscar novas atividades, surge, principalmente, naqueles intervalos em que a monotonia acontece. É inevitável, pois certas tarefas, executadas diariamente, acabam por trazer a saturação. Um dia movimentado traz o cansaço e, por consequência, a necessidade de um sono reparador. Nada pior do que uma insônia sem motivação. Ficar acordada até a madrugada, para terminar um artesanato ou um bom livro, considero “dez”; ficar no silêncio escuro, olhando o breu, em reviravoltas insones sobre a cama, para mim, é “zero”. Surge então a tal vontade de mudar. Em pensamentos vem a idéia de mudar o mundo, que na verdade é uma necessidade de mudar a própria vida. Fazer o que? Creio que a onda dos concursos públicos caiu como uma bênção na vida de muitas pessoas, inclusive dos que, como eu, crêem que a experiência de vida pode ser um “plus” desejável em muitas atividades profissionais. Submeter-se às provas de conhecimento faz bater os joelhos de qualquer um, mas se há noção suficiente, já dá para encarar o desafio. É uma oportunidade, mas espero que muitas outras existam, além de abrir o próprio negócio, para o que é necessário investir dinheiro. Pois bem, se houver vontade, é preciso encará-la sem pudores e lutar pelo direito de realizar, sendo ou tendo o que quer que o difira dos demais. É preciso ter resistência para a mágoa ou aprender a usá-la em seu benefício. Em nenhum livro de auto-ajuda estará escrito como lidar com as inúmeras situações que poderão surgir. São momentos críticos nos quais é preciso ouvir as próprias ponderações, pois só quem sente consegue avaliar. Sobretudo, é preciso querer, e querer muito viver a experiência. Eu poderia escrever apenas sobre os momentos jubilosos da conquista, mas estaria deixando de lado aqueles que, embora sofridos e probatórios, constroem os alicerces de uma boa experiência, resgatando um ser mais forte e seguro. Além disso, se eu omitir alguns detalhes críticos, perco uma excelente oportunidade para relembrar comentários emitidos por alguns seres ortodoxos, com os quais todos temos fatalmente que conviver vez ou outra. Pois é, assim ocorre, e tudo é componente importante. Observar, avaliar, contornar e sempre prosseguir. Prosseguir também é desistir, se a desistência for decorrente de uma escolha genuína, que atenda aos próprios anseios e necessidades, livre de interferências. Dúvidas sempre surgirão, mas elas fazem parte da vida e todos as têm. Se querer é poder, só saberemos tendo o arrojo de experimentar. Então que tal mudar os caminhos e realizar a experiência?

Um comentário:

  1. Sim podemos,
    os momentos difícies,já passou, quando chegamos nesta idade, já superamos.Nesta fase a gente verga,entorta, mais não quebra.
    Já choramos muito, hoje é só alegria,
    completa,plena e serena.
    Parabéns.

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